Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Clube de leitura

Porque ler é um prazer que deve ser partilhado

Clube de leitura

Porque ler é um prazer que deve ser partilhado

O Principezinho

29.06.10, Existe um Olhar
Quem nunca ouviu falar deste livro? Quem o lê não pode ficar indiferente á simplicidade das palavras, aos momentos extremamente enternecedores e aos diálogos do pequeno príncipe, que nos deixam a pensar em pequenas coisas  que nos desconcertam de tão simples que são.
Quem ainda hoje não cita frases deste livro, que se tornaram máximas com as quais orientamos as nossas vidas e relacionamentos?!
Antoine de Saint-Exupéry nasceu a 29 de Junho de 1944, foi um apaixonado desde a infância pela mecânica, mas sem dúvida o que o imortalizou foi este livro que sempre perdurará na memória de quem o lê.
Cativa-me sempre esta frase que não quero deixar de colocar aqui:

 

“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada. Essa é a maior responsabilidade de nossa vida, e a prova de que duas almas não se encontram ao acaso.”

 

Sinopse:

Este é um livro que trata de um universo mágico, onde um pequeno príncipe habita no seu minúsculo planeta. Um dia ele decide abandonar a flor que ama para partir à descoberta do mundo que o rodeia. Conhece diferentes planetas onde contacta com personagens bizarras, até que alcança a Terra, o mais incompreensível de todos eles. Curioso e observador, o principezinho fica intrigado com os humanos, seres que estão sempre apressados em partir sem saber para onde vão. E é num lugar desértico que trava amizade com um aviador e fica a conhecer o significado da palavra "cativar". Um livro emocionante e que deve ser relido vezes sem conta, pois cada leitura que se faz é uma viagem ao mundo encantado, que Exupéry tão bem conseguiu retratar.

 

Testemunho - Anita Shreve

23.06.10, mimi
 
 
Não estou a cumprir a minha meta de leituras para este ano. Vamos no mês 6 e ainda só consegui ler 3 livros. E não é por falta de alternativas, porque o que não falta lá em casa são livros novos à espera de serem lidos.
Sobre esta autora, é o 4º livro que leio. Não poderei dizer que foi aquele que mais gostei, ou melhor, que mais empolgada me deixou para ler mais e mais, mas, trata um tema actual, sobre um escândalo protagonizado entre adolescentes e adultos. Muito bem escrito, embora um pouco diferente do que estava habituada a ler desta autora, porque vai contando a história pelas vozes dos intervenientes, o que não deixa de ser muito original. E sim, recomendo também a sua leitura.
Sobre o livro:
Uma pequena cassete de vídeo chega às mãos do director da conceituada Academia de Avery – uma catástrofe de proporções que ninguém será capaz de prever. Mais chocante do que os actos sexuais nela gravados é o facto de terem sido protagonizados por três rapazes com idades compreendidas entre os dezoito e os dezanove anos e uma rapariga de apenas catorze.
Qual caixa de Pandora, a gravação desencadeia uma tempestade de vergonha e recriminação que se abate sobre a pequena comunidade, revelando uma intrincada teia de segredos e mentiras. Homens e mulheres, adolescentes e adultos envolvidos no escândalo tentam decifrar os acontecimentos daquela noite e os seus efeitos. Mike Bordwin, o director, quer a todo o custo conter o escândalo e salvaguardar a reputação da escola; Silas Quinney, um popular aluno, sofre as consequências dos seus actos, enquanto Anna, a mãe, enfrenta as suas próprias faltas; e Sienna, uma jovem enigmática e perturbada, não olha a meios para esconder o seu passado.
À medida que o coro de vozes se levanta, revela-se a surpreendente verdade sobre os acontecimentos daquela noite, e as vidas de todos os envolvidos serão transformadas para sempre.
Publicado inicialmente em: essência

João Aguiar: O Priorado do Cifrão

14.06.10, Jorge Soares

O priorado do Cifrão

 

João Aguiar foi o primeiro escritor Português que encontrei, desde bastante novo que sou um ávido leitor, mas tinha lido sobretudo escritores latino-americanos Garcia Marquez, Vargas Llosa, Isabel Allende, Romulo Gallegos. Sou um admirador confesso do Realismo Mágico e dos escritores latino-americanos e até chegar a Portugal, para além de algumas referências a Ferreira de Castro, pouco sabia da literatura Portuguesa.

 

Comecei por ler O Homem sem nome e depois fui lendo cada um dos livros do João Aguiar à medida que iam saindo... até ao A Catedral Verde, de que não gostei especialmente. Depois perdi-lhe o rasto, até que o meu irmão me ofereceu este  o Priorado do Cifrão de prenda de natal.

 

Como tudo o que escreve o João Aguiar, este é um livro bem escrito e que se lê facilmente... mas, nem sempre um livro bem escrito é um bom livro. Confesso, fiquei desiludido, talvez porque eu esperasse mais, talvez porque pelo meio li um excelente livro, talvez por ambas as coisas, o certo é que fiquei desiludido.

 

O livro pretende ser uma sátira ao Código Da Vinci e a todos os livros que aproveitaram o filão daquele tipo de escrita, é uma historia com pormenores muito rebuscados, uma historia com principio meio e fim , mas que termina por não ser nem carne nem peixe, fica a meio entre o romance, o policial e a sátira.

 

Talvez seja uma boa leitura para férias, um livro bem escrito, sem duvida, mas que a mim me deixou um vazio.... falta a arte do João Aguiar.

 

João Aguiar Morreu a semana passada, apesar de do meu ponto de vista este ter sido um livro falhado, não deixa de ser o meu escritor português preferido, morreu um grande escritor, as letras portuguesas ficaram muito mais pobres

 

Jorge Soares

PS:Post Publicado inicialmente no O que é o jantar

"Catarina de Bragança" de Isabel Stilwell

04.06.10, Charneca em flor

 

Como diz no subtítulo, este livro conta a história de coragem de uma infanta portuguesa que se tornou rainha de Inglaterra. Catarina nasceu filha de um duque mas, aos dois anos, tornou no rei de Portugal, D. João IV. Cresceu num país em turbulência e lutando para manter a independência. Chorou a morte de entes queridos. Sonhou com o homem que lhe estava destinado e apaixonou-se sem sequer o conhecer. E em vez de viver uma linda história de amor, sofreu muitas desilusões mas nunca deixou de o amar.
Sinopse:
"Com 23 anos a infanta Catarina de Bragança, filha de D. Luísa de Gusmão e de D. João IV, deixou para trás tudo o que era querido e próximo para navegar rumo a uma vida nova. No coração um misto de tristeza e alegria. Saudades da sua Lisboa, de Vila Viçosa, do cheiro a laranjas, dos seus irmãos que já tinham partido deste mundo e dos ficavam em Portugal a lutar pelo poder. Mas os seus olhos escuros deixavam perceber o entusiasmo pelo casamento com o homem dos seus sonhos, Charles de Inglaterra, um príncipe encantado que Catarina amava perdidamente ainda antes de o conhecer.
Por ele sofreu num país do qual desconhecia a língua, os costumes e onde a sua religião era condenada. Assistiu às infidelidades do marido, ao nascimento dos seus filhos bastardos enquanto o seu ventre permanecia liso e seco, incapaz de gerar o tão desejado herdeiro. Catarina não conseguiu cumprir o único objectivo que, como mulher e rainha, lhe era exigido. Se ao menos não o amasse tanto!, pensava nas noites mais longas e tristes..."
Isabel Stilweel conduz-nos ao longo da vida desta mulher pequena em estatura mas grande em coragem e força. A autora faz-nos sentir as alegrias e as dores de Catarina como se fossem nossas. Um maravilhoso romance histórico...
Também publicado aqui