Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Sinopse:
Podemos viver toda uma vida sem nos apercebermos de que aquilo que procuramos está mesmo à nossa frente. 15 de Julho de 1988. Emma e Dexter conhecem-se na noite em que acabam o curso. No dia seguinte, terão de seguir caminhos diferentes. Onde estarão daqui a um ano? E no ano depois desse? E em todos os anos que se seguirão? Vinte anos, duas pessoas, um DIA.
Esta sinopse sabe-me a pouco, daí que acrescento as palavras de Charles Dickens, que caracterizam a primeira de três partes da obra:
Não se deixem enganar pela breve sinopse: A obra tem muito pouco de lamechas, quase nada, diria. Em e Dex bebem demais numa festa onde se conhecem ao fim de muitos anos a estudar na mesma faculdade. Em sempre teve um fraco por Dex, apesar de ele ser tão oposto ao que ela praticava. À parte de alguns clichés que irão descobrir ao longo da narrativa ( os opostos atraem-se, Em quer mudar o Mundo, Dex quer explorá-lo, entre outras), é a envolvente confusão, os encontros e reencontros destes dois amigos que dão sumo à narrativa. Todos os anos, durante duas décadas, no dia 15 de Julho é feito um ponto de situação: onde estão, o que pensam, o que sentem, as expectativas.
Discordo inteiramente da primeira frase da sinopse: ambos souberam que era amor, desde muito cedo. O plano de conquistas, de tentativas de reencontros, de aproximação, a cumplicidade, os fracassos e todo um rol de tramas são puramente reais, tristes, desoladores, por vezes angustiantes. Há passagens que suscitam uma vontade descomunal de falar com as personagens para elas mudarem. Por isso é impossível ler o livro sem criar uma ligação com Dex e Em e sentir-se tocado com tudo o que lhes acontece.
Este livro é por tudo isto, recomendado mesmo a não amantes de romances e uma óptima sugestão para o Outono.
Um último conselho: o trailer do filme parece muito sensaborão , comparado com o livro.
Post publicado originalmente em Miss G