As Benevolentes de Jonathan Littell
Maximilien Aue é um ex-oficial nazi, homossexual , apaixonado de forma obsessiva pela irmã gémea , educado num colégio católico donde é abusado pelos padres e pelos restantes estudantes. Um encontro homossexual fortuito num jardim faz com que termine nas SS alemãs, donde é um dos responsáveis pela solução final, a eliminação de todos os Judeus.
São 900 páginas em letra miudinha, é um livro frio donde são descritos com detalhe e pormenor os processos utilizados para matar milhões de seres humanos, as relações sexuais do protagonista com os amantes de ocasião, a forma como ele mata a mãe e o seu melhor amigo que o tinha levado a ser quem era e que lhe acabava de salvar a vida.
É um livro com muitas facetas: um livro politico, donde se discutem os pormenores do poder do Nacional socialismo; um livro psico-social donde se discutem as taras e manias sexuais, as obsesões e as culpas familiares; um livro histórico donde de discute em pormenor a segunda Guerra mundial e a ascenção e queda do nazismo; é um livro Freudiano, donde se discutem os sonhos do protagonista e os seus significados... 900 páginas dão para muito.
No geral, é um bom livro.... não aconselhável a pessoas impressionaveis, tem descrições brutais, crueis e inhumanas.
Sinopse da Editora:
As Benevolentes são as memórias de Maximilien Aue , um ex-oficial nazi, alemão de origens francesas que participa em momentos sombrios da recente história mundial: a execução dos judeus, as batalhas na frente de Estalinegrado, a organização dos campos de concentração, até a derrocada final da Alemanha. Uma confissão sem arrependimento das desumanidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, que provoca uma reflexão original e desafiadora das razões que levam o homem a cometer o mal.
Post publicado originalmente no blog O que é o jantar?
Jorge